De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil possui mais de 13 milhões de pessoas convivendo com a doença. A maioria dos portadores tem um diagnóstico tardio e isso facilita muito o surgimento de graves complicações.
Por isso, é fundamental realizar exames de rotina para garantir que problemas como esse sejam percebidos precocemente.
Sintomas de quem tem diabetes
Nem sempre os sintomas da diabetes são aparentes, somente em casos onde a glicemia está muito alterada.
Muitas pessoas descobrem a doença da pior forma, pois passam mal e são levadas ao pronto socorro com glicemia muito elevada.
Em contrapartida, outras descobrem o pré diabetes e não dão muita importância e deixam o problema agravar.
Segundo a SBD (Sociedade Brasileira da Diabetes), cerca de 70% das pessoas que possuem a doença não sabem e convivem sem sintomas. O grande problema é que tanto a pré como a diabetes prejudicam os nervos e artérias do corpo favorecendo a outras complicações a longo prazo.
Por isso, exames de rotina são extremamente importantes para o diagnóstico.
Os principais sintomas da doença são:
- Sede excessiva;
- Bastante vontade de urinar ao longo do dia;
- Fome;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Visão turva;
- Infecções frequentes devido a baixa do sistema imunológico;
Por que a pessoa tem diabetes?
Diabetes é uma doença crônica que pode acometer pessoas de todas as idades, os tipos mais conhecidos da doença são a TIPO 1, TIPO 2, diabetes gestacional e pré diabetes.
Entenda cada uma delas:
– Diabetes tipo 1 – É quando o corpo não possui capacidade de produzir insulina, portanto, a glicose não pode ser transportada para as células e se acumula no sangue.
Esse tipo surge desde o nascimento, por isso, é comum o diagnóstico na fase infantil ou pré adolescente. A diabetes tipo 1 é considerada uma doença auto imune, pois o sistema imunológico ataca as células do pâncreas.
– Diabetes tipo 2 – É o tipo mais comum da doença, surge ao longo da vida, pois o corpo fica resistente a insulina devido aos maus hábitos alimentares, sedentarismo, colesterol descontrolado ou até mesmo excesso de peso.
Diferentemente da diabetes tipo 1 , a tipo 2 pode ser evitada por meio da mudança no estilo de vida.
– Diabetes gestacional – Ocorre em algumas mulheres grávidas devido a produção da placenta e outros hormônios que podem bloquear a ação da insulina.
Acontece em 4% das mulheres grávidas, mas é reversível após o parto com a mudança de hábitos e cuidados médicos. Contudo, se isso não acontecer, essa gestante tem grandes possibilidades de se tornar uma diabética tipo 2.
– Pré diabetes – É caracterizado pelo aumento da glicose, mas ainda não o suficiente para um diagnóstico de diabetes.
Pessoas com maus hábitos alimentares, hipertensos, alteração nos lipídios ou que tem vida sedentária podem estar neste grupo.
É fundamental entender que mais de 50% dos pacientes que são pré-diabéticos vão desenvolver a doença em um determinado momento. Geralmente dentro de 15 a 20 anos. Pode ser até menos tempo.
Essa é uma fase determinante, pois ainda é possível reverter o problema. Ou seja, ainda pode-se prevenir a chegada do diabetes com mudança de hábitos alimentares e atividade física.
Qual nível de glicemia é considerado diabetes?
Quando a glicemia está igual ou maior de 126 já indica a diabetes. No geral, a tabela usada é:
- Normal – 70 a 99 mg/dL
- Pré diabetes – 100 a 125 mg/dL
- Diabetes – Igual ou acima de 126 mg/dL
É importante salientar que os médicos jamais usam somente o exame de glicemia para determinar se a pessoa é diabética ou não. Diversos exames são solicitados para confirmar a doença como:
- Glicemia de jejum
- Hemoglobina glicada
- Teste oral de tolerância à glicose
- HOMA IR
Quem tem diabetes pode ter uma vida normal?
A diabetes pode ser tornar muito grave em pouco tempo e com isso, acarretar riscos e complicações para a saúde do paciente.
Diante disso, é fundamental que ocorra a mudança de hábitos alimentares e a inserção de atividade física na rotina. Ademais, deve-se monitorar a glicemia diariamente para evitar picos de glicemia.
Pacientes que usam insulina ainda precisam ter um controle ainda maior no uso da medicação, pois é necessário realizar contagem de carboidratos.
O acompanhamento com o médico endocrinologista e nutricionista é fundamental para ter uma boa qualidade de vida.
Via de regra, é possível ter uma vida normal com diabetes, desde que o paciente tenha a consciência de incorporar um novo estilo de vida em sua rotina. Dessa forma, ele poderá viver muito bem e não ter complicações graves da doença.
É importante lembrar que ninguém morre necessariamente da diabetes, mas sim, das suas complicações devido ao mau controle como: Infarto, AVC, lesões nos rins, vasos sanguíneos e nervos.
A diabetes ainda pode levar a cegueira e amputação de membros.
Para evitar esses problemas é essencial evitar quadros de hiperglicemia, onde os níveis de glicose no sangue ficam altos por longos períodos.
Como evitar a diabetes?
O estilo de vida é um dos grandes responsáveis pelo surgimento da doença, obviamente existem casos à parte como o diabetes tipo 1, cujo se trata de uma doença auto imune e também, de alguns fatores genéticos.
No entanto, quando se trata da diabetes tipo 2 que ocorre ao longo da vida, o seu desenvolvimento está intimamente atrelado a alimentação inadequada, sedentarismo e sobrepeso.
Muitos casos de diabetes tipo 2 poderiam ter sido evitadas com os seguintes cuidados:
- Consumo diário de frutas, vegetais e legumes;
- Ingestão de fibras;
- Redução no consumo de carboidratos simples e processados como biscoitos, bolachas, bolos, pães, refrigerantes, sucos de caixa e guloseimas açucaradas;
- Fazer pelo menos 150 minutos semanais de atividade física;
- Controlar o colesterol;
- Dormir bem;
- Monitorar o peso;
- Não beber ou fumar;
Ter uma vida equilibrada e saudável pode reverter quadros de pré diabetes e promover qualidade de vida para os demais portadores crônicos da doença.
Não esqueça de consultar o seu médico regularmente.
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